ACICLI

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terça-feira, 20 de setembro de 2011


" Existem inúmeras estratégias e receitas para melhora da performance e do desempenho de atletas....mesmo que amadores, portanto, são sempre bem vindas as novas informações e orientações que sigam nesta direção.

Sábado passado, ao fazer o bike fit de um amigo, me deparei mais uma vez com uma situação interessante. O atleta em questão estava usando um equipamento de tamanho correto e os ajustes da bicicleta estavam igualmente corretos. Ou seja, tecnicamente, o fit dele estava perfeito.Mesmo assim, havia alguma coisa que não encaixava. Algo que não tinha a ver nem com a bicicleta, nem com a morfologia do atleta em si, e muito menos com a condição física dele.

Mesmo assim, trata-se de um fator que - pelo menos diante dos meus olhos - tem um impacto muito significativo no rendimento dele, e de qualquer ciclista ou triatleta, especialmente os de endurance: o equilíbrio do corpo em cima da bicicleta.No caso desse atleta, ele "pulava" ligeiramente em cima do selim. Sua bike estava perfeita, seu treino estava perfeito, o fit estava perfeito, mas o corpo dele não estava se comportando adequadamente enquanto pedalava.

Faltava a ele consciência corporal, por um lado, e estabilidade, por outro. E sinceramente, isso não é característica dele, e sim de pelo menos uns 70% dos atletas que estão pedalando por aí (estatística minha). Para entender o que pode causar esse "mau comportamento", e como ele pode ser corrigido, talvez seja conveniente começar visualizando o que seria a postura correta em cima da bicicleta.Imagine que você está pedalando atrás de um (bom) ciclista. Observe que o tronco dele permanece estável o tempo todo - não há oscilação lateral. A única coisa que se move são as pernas. Da mesma maneira, ao olharmos esse ciclista de lado, seu tronco permaneceria estável no eixo longitudinal - sem "pular" no selim. Essa postura estável, ou equilibrada, faz com que a energia disponível seja canalizada para as pernas e para a pedalada, ao invés de ser sugada por movimentos desnecessários e contraproducentes. Ciclistas experientes aprendem a "ler" o corpo dos adversários durante a prova, e percebem sinais de fraqueza ou cansaço com base nessa postura - nada mais indicativo de fadiga do que um tronco que balança demais, ou a cabeça que se inclina constantemente. Visto por outro ângulo, quando algo mais além das pernas se mexe muito enquanto pedalamos, alguma luz vermelha está acesa.E se por um lado a fadiga pode ser um causador desse desequilíbrio no corpo que pedala, o que dizer do atleta que acabou de começar seu bike fit ou está pedalando faz dez minutos, e já balança o tronco para cima e para baixo ou para um lado e o outro? Acredito que nesse caso o que falta é estabilidade no tronco.Essa questão em si renderia vários textos, e todos eles muito longos. Resumidamente, existem muitas causas para a instabilidade do tronco e, como seria de de esperar, outros tantos remédios. Um dos links mais interessantes e didáticos que achei sobre o assunto dá uma boa idéia do tamanho da encrenca:

http://www.topbike.com.au/pdfs/ba-janfeb06-emma-colson.pdf

O importante é saber que para o ciclista ou triatleta competitivo, falta de estabilidade no tronco, ao menos de acordo com um estudo científico*, pode representar perdas significativas de potência. Não fosse assim também, equipes como Garmin não teriam um profissional dedicado somente a atividades de core stability. E se nesse ponto alguém estiver se perguntando "ok, e como eu faço para saber se meu tronco é estável ou não enquanto pedalo?" Basta pedir que um colega experiente observe você pedalando, ou consultar um especialista (os osteopatas e quiropratas costumam ser bons nisso). Teoricamente um bom profissional de bike fit deveria também comentar sobre isso durante a sessão de ajuste, nem que fosse a título de informação adicional - tipo cortesia da casa.Um outro jeito muito fácil de saber como está a estabilidade na bike é observar a sua sombra (com o sol pelas costas) enquanto pedala em uma subida. O correto seria ver a sombra do tronco imóvel. Se por outro lado ela balança para um lado e o outro, ou para cima e para baixo.....ou você está morto de cansado, ou está na hora de buscar um reforço para a musculatura correspondente (que, aliás, vai muito além da abdominal e dorsal).Esses exercícios de reforço vão dos simples, que não requerem qualquer equipamento, aos complexos e que não podem ser feitos sem instrutor. Todos são válidos, relativamente rápidos, e funcionam em algum nível. Como ilustração, deixo três exemplos dessas atividades que contribuem para melhorar a estabilidade do tronco. As duas primeiras costumo praticar com freqüência. À última, infelizmente, sou alérgico.

1. Parada de joelhos na bola suiça: esse requer somente uma bola suiça, um bom espaço livre ao seu redor e um colchonete grande e macio. Pode parecer intimidante, mas depois de algumas tentativas você já se sente o próprio artista de circo. Creio que é um dos melhores exercícios para esse fim.
Para visualizar: http://www.youtube.com/watch?v=FRUdj17UFSk2.

Sirsâsana - invertida sobre a cabeça. Aqui não precisamos de equipamento, mas em compensação precisamos de tempo, paciência e de um instrutor de Ioga. Na verdade esse âsana (postura de Ioga) tem tantos benefícios que colocá-lo aqui visando melhorar "somente"a estabilidade do tronco é até injusto. Porém, além de auxiliar na estabilidade, essa é uma prática excelente para ciclistas porque atenua a sensação de pressão e inchaço nas pernas após um pedal muito longo ou muito duro (ou, pior, muito longo e muito duro).Para visualizar: http://www.youtube.com/watch?v=2XY6QrTxqok3)

Rolo livre - quem consegue pedalar em rolo livre é obrigado a estabilizar o tronco sob pena de tomar um capote. A grande vantagem do rolete é que ele é 100% específico. A desvantagem é que implica em pedalar no rolo :Para visualizar:
http://www.youtube.com/watch?v=ayqNHZW-n1Y

Leitura Adicional: http://www.pitt.edu/~neurolab/publications/2007/AbtJP_2007_JSCR_Relationship%20Between%20Cycling%20Mechanics%20and%20Core%0Stability.pdf

http://www.britishcycling.org.uk/coaching/article/coa20090807-CPD-August-Improving-Your-Riders-Core-Stability

Observação Adicional I- (antes que apareça em algum comentário): Fabian Cancellara não balança o tronco, e sim o quadril. E qualquer um com um traseiro grande e 500 Watts de (limiar de) potência nas pernas acabaria fazendo o mesmo, por mais estabilidade que tivesse no tronco. Além do mais, para mim atletas como ele não servem como parâmetro mas sim como inspiração.

Observação Adicional II - estabilidade do tronco não significa rigidez do tronco. É preciso achar o ponto de equilíbrio - ser firme sem ser rígido. Vale para outras coisas na vida também....Observação Adicional III - manter a coluna esticada ajuda muito.


MATÉRIA publicada pelo Max.....um triatleta dono da loja Kona Bikes.... que tem seu blog na web....

ACICLI EM DESTAQUE

























Foram realizadas nos dias 17 e 18 de Setembro as provas da 4ª Etapa do Campeonato Paulista de Resistência na cidade de Boituva.
Mais uma vez a EQUIPE ACICLI BIKE THEO – ITAPETININGA , fez bonito, abrilhantou a festa, se apresentou muito bem em diversas categorias, e dia a dia numa evolução constante vem conquistando espaço e sendo reconhecida como uma grande equipe, graças ao esforço comum dos nossos colaboradores, da Secretaria de Esporte e Turismo de Itapetininga e dos Atletas, que não mediram esforços, não pouparam energias, e que estão levando nosso esporte a sério, fazendo de nossa cidade uma referencia no ciclismo nacional, Obrigado à todos os envolvidos em nossas conquistas.





Classificação parcial do dia 17/09/2011.

Juvenil Masculino:
1º - Rodrigo Quirino
5º Nathan Ribeiro
12º Igor Traldi
14º Luis Natel

Infanto Juvenil Feminino
2º Mayara Albuquerque

Infanto Junvenil
4º Gustavo Araujo
7º Gabriel Alexandre

Classificação parcial do dia 18/09/2011.

Sênior B
5º Sandro Catel
7º Élcio Alexandre
9º Marcos Vaz de Moraes

Elite Feminino
9º Érica Rodrigues

Sub 30
10º Rogério França
13º Paulo Hungria

Estreantes Speed
1º Diego Andrade
4º Otávio Rodrigues
5º Juninho Cebola

Classificação Geral do Campeonato Paulista de Resistência:

Juvenil Masculino – CAMPEÃO – Rodrigo Quirino
4º Nathan Ribeiro
Infanto Juvenil Faminino – 6º Mayara Albuquerque
Infanto Juvenil Masculino – 5º Gustavo Araujo
6º Gabriel Alexandre
Sênior B - 3º Sandro Catel
6º Élcio Alexandre
SUB – 30 - 4º Paulo Hungria


PARABÉNS AOS ATLETAS QUE CONQUISTARAM EXCELENTES RESULTADOS, DESEJAMOS À TODOS MUITA SAÚDE, E QUE CONTINUEM E ACREDITEM SEMPRE, POIS O ESPORTE É O QUE ELEVA O SER HUMANO À CONDIÇÕES ÚNICAS DE SAÚDE DE SATISFAÇÃO DE BEM ESTAR SOCIAL E MORAL.

ACICLI – ITAPETININGA.